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GTC-PPAC iniciou formação em Libras da rede de proteção de Camaçari

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Foi lançada nesta terça-feira (7/7), às 8h30, no auditório da UniFamec, a qualificação básica em Língua Brasileira de Sinais - Libras para a rede de proteção da criança e do adolescente de Camaçari. A primeira turma é formada por 37 cursistas, além de convidados membros da Associação de Surdos de Camaçari. A iniciativa é do Grupo de Trabalho Coordenador (GTC) da 7ª edição do Programa Prefeito Amigo da Criança (PPAC), em parceria com o Núcleo de Formadores da Escuta Especializada e a Gerência de Serviços à Pessoa com Deficiência (Gedef) da Secretaria do Desenvolvimento Social e Cidadania (Sedes).

A formação de 60 horas/aula segue até 11/8, todas as quintas-feiras, no Centro de Referência à Inclusão Escolar (Crie), e visa garantir aos cidadãos surdos e deficientes auditivos o direito à prestação de declarações em formato adaptado. A ação tem como base a Lei Federal n.º 13.431, popularmente conhecida como Lei da Escuta Especializada (ou Lei da Escuta Protegida), de 4 de abril de 2017, que estabelece o sistema de garantia de direitos da criança e do adolescente vítima ou testemunha de violência.

Reni Oliveira, titular da Sedes, destacou a importância de realizar o curso para todo o secretariado municipal.  “Para a rede, esse início da formação em libras é muito importante. Quando assumi a secretaria, solicitei ao prefeito Elinaldo e ele logo liberou, pois tínhamos muita dificuldade. Essa qualificação já é esperada há muito tempo. Hoje, nós temos a parte da Escuta, onde todas as secretarias fazem parte, e todas estão sendo qualificadas” observou.

Janete Ferreira, articuladora da 7ª edição do PPAC, tratou da formação como mais um momento que o GTC-PPAC traz para a gestão. “É cuidar de quem cuida, fazendo com que eles se qualifiquem e que, assim, possam estar mais próximos do público em geral, aí incluída, a pessoa com deficiência”, afirmou.

Kleide Moraes, tradutora e intérprete de libras e de língua americana de sinais, disse realizar um sonho ao atuar como facilitadora na formação. “Desde 2012 estamos tentando fazer isso na cidade, e hoje sabemos que isso é um pontapé inicial para outros projetos voltados para libras na cidade. Não estamos aqui apenas para formar os profissionais, mas sim para fazer valer os direitos da comunidade surda”, ponderou.

A pedagoga e especialista em Educação Inclusiva e também certificada pela Childhood, a professora Nadja Basílio, informou que a comunicação será focada na formação. “Nesse primeiro momento vamos dar a noção básica de língua de sinais, e daí eles adquirem o vocabulário básico e aquele voltado para a escuta especializada, a fim de subsidiar a escuta do pessoal que atende diretamente aquela criança surda”, pontuou.

Hilton Alves, vice-presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA), salientou a importância da iniciativa do GTC, “Estou superfeliz como ser humano, e como conselheiro de direitos. Nosso município está sendo pioneiro nas ações de política para a infância e adolescência no Brasil, e não só na Bahia. É importante salientar que a rede de proteção não protege só a criança. Quando fazemos isso, a gente tá protegendo essa família. O papel mais importante da rede de proteção é ouvir, e ouvindo nós buscamos a solução. Estamos de fato avançando muito!”, reconheceu.

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