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Empresas familiares: mulheres no comando dos negócios 

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O ecossistema de empresas familiares representa cerca de 90% no Brasil, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Essas instituições chegam a compor cerca de 65% do PIB brasileiro, e, para que se mantenham fortalecidas no mercado, é necessário um plano de sucessão familiar. Diferente de outros tempos, as mulheres têm ocupado cada vez mais posições de liderança nesse processo sucessório, o que significa um grande avanço no mundo empresarial, que majoritariamente é composto por homens. 


A Amcham, que vai muito além de uma típica câmara de comércio, é uma antecipadora de tendências, e de forma visionária vem promovendo espaços de trocas de experiências entre empresários, a fim de expandir as melhores formas de desenvolver o processo sucessório, a exemplo do projeto Ciclo Famílias S.A. 


Para Ana Paula Franciosi, atual Gestora de Compras e Infraestrutura da 2ª Geração da Franciosi Agro, empresa associada à Amcham, um dos maiores desafios nesse processo é conhecer as suas características e compreender o seu perfil de forma clara para poder assumir o cargo mais adequado às suas particularidades.  “Um dos maiores desafios é a organização das atividades de cada um. Para melhor compreender isso, é importante fazer testes para conhecer o comportamento, perfil e interesse de cada indivíduo e, a partir daí, poder organizar a “casa”, afirma. 


O crescimento de mulheres em cargos de sucessão tem sido cada vez mais evidente, principalmente em funções estratégicas e de liderança. A mulher moderna passou a escolher quais papeis quer desempenhar e o protagonismo feminino tem sido cada vez mais comum, justamente por conta das suas características, como análise crítica, pensamento detalhado e a longo prazo, sustentabilidade e inclusão nos negócios que contribuem fortemente para o desempenho geral da instituição. Ana Paula acredita que a dedicação também contribui para alcançar lugares ainda maiores.


“Hoje eu percebo um crescimento muito grande de mulheres nesses cargos,  inclusive pessoas que cresceram comigo. Mães com outras responsabilidades e que se desdobram para ocupar grandes cargos e fazem o seu trabalho com maestria. Estamos ocupando cada vez mais lugares e assim vai continuar sendo. O estudo, o esforço e o conhecimento nos levam a lugares gigantes”, declara.


Para a head da Amcham, Lilian Marins, abordar temas como esse são pautas muito importantes de serem trabalhadas para desmistificar estereótipos e crenças que trazemos da nossa história sobre sucessão, principalmente a velha história que é enraizada culturalmente de que o sucesso deve ser sempre o filho homem e mais velho.


Temos mulheres prontas para assumir grandes cargos de liderança , para sentar na cadeira de Conselheira, para fazer parte da governança e da tomada de decisão das empresas familiares e esse assunto é altamente valioso, estratégico e relevante. Compartilhamos inúmeros cases que trazem evidências de muitas famílias que já estão vivendo esse processo de sucessão muito feliz, equilibrado e saudável. Toda empresa familiar começa de um sonho e nós precisamos criar um caminho, estruturar uma jornada, para que esse sonho se perpetue por todas as próximas gerações”, afirma.


Sobre projeto  Ciclo Familia Nordeste


‘Reconectar pessoas e repensar negócios’, este é o mote da nova edição do Ciclo Familia Nordeste, projeto da Câmara Americana de Comércio para o Brasil, que busca integrar e desenvolver famílias empresárias de todo o país através de encontros que irão fomentar as melhores práticas de gestão, contribuir para o desenvolvimento sustentável das organizações e promover um ambiente interativo entre os speakers e os fundadores e sucessores de empresas familiares da 1ª à 4ª geração da região Nordeste. A agenda do Ciclo Familia S.A/ Nordeste 2022 que foi encerrada no final do último mês, reuniu em seis encontros grandes especialistas em governança corporativa.
 

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