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Missa, cortejo e apresentações culturais marcam o Dia das Baianas de Acarajé

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Arembepe, localidade na Costa do município, foi palco nesta sexta-feira (25/11) de uma verdadeira celebração pelo Dia Nacional e Municipal das Baianas de Acarajé. A iniciativa, que teve apoio das secretarias do Desenvolvimento Social e Cidadania (Sedes), Turismo (Setur) e Cultura (Secult), colocou em evidência a importância cultural e histórica da figura dessas mulheres que se dedicam rotineiramente à produção e venda da iguaria típica.

A comemoração teve uma programação vasta, que iniciou pela manhã com uma missa em homenagem às baianas, na Igreja de São Francisco de Assis. A celebração religiosa contou com a presença de autoridades do município, da sociedade civil, além das próprias homenageadas. Após a missa, o grupo, trajado com suas indumentárias tradicionais, seguiu em cortejo até a Praça Tia Deja (antiga dos Coqueiros), onde aconteceu a Feira Étnica, marcada pela exposição de artigos artesanais e a distribuição gratuita de acarajés.

Titular da Secult, Márcia Tude destacou o valor cultural da celebração. “Para Secretaria da Cultura é um momento muito importante, quando a gente ratifica a relevância desse segmento, que é da culinária especificamente, com toda a tradição que envolve essa mescla da cultura popular, da religiosidade, do profano e do sagrado, que é característica da cultura popular e também faz parte do universo das baianas de acarajé”, falou.

A responsável pela Setur, Cristiane Bacelar, parabenizou as homenageadas e ressaltou a contribuição delas também para o turismo local. “As baianas de acarajé são o nosso cartão postal, de Camaçari, da Bahia, por isso estamos comemorando esse dia com muita tradição, com muita festa, porque elas merecem e para mostrar à comunidade o quanto elas são importantes”, disse.

A gestora da Sedes, Reni Oliveira, lembrou que a iniciativa também integra as atividades alusivas ao Novembro Negro da Sedes. “No mês da Consciência Negra não poderíamos deixar de comemorar o legado dessas mulheres, pela história, pela cultura, pela resistência, pela representatividade do povo negro, além de ser também um cartão postal da nossa Bahia”, disse.
A coordenadora do Núcleo da Associação Nacional das Baianas de Acarajé (ABAM) em Camaçari, Rita Maria Silva, falou do orgulho de participar da comemoração. “Eu sou filha e herdeira de tabuleiro, tenho orgulho por saber que nós trazemos essa herança dos nossos ancestrais. Fomos as primeiras mulheres negras desse país e é uma honra ver a resistência dessas mulheres e ainda servir de influência para outras mulheres negras mostrarem seu potencial”, falou.

Pela tarde, a festa das baianas foi animada pela apresentação cultural do grupo Samba Chula Filhos de Oyó. Conforme informações do Núcleo da Abam em Camaçari, o município tem cerca de 800 baianas de acarajé.


 

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